domingo, 29 de maio de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

Sintese - apresentação em powerpoint


Após de ter estudado tudo o que vos irei falar em seguida (e até depois de fazer o powerpoint) não sabia bem que capa haveria de fazer e foi então que comecei a pensar "no que seria de nós se o mundo não se exprimisse?".


Sabe-se hoje que os processos fermentativos que estão na base da produção ou transformação de alimentos resultam do METABOLISMO dos microrganismos envolvidos nestes processos.
O metabolismo pode ser definido como o conjunto de todos os processos químicos realizados por um organismo.
Existem dois tipos de processos metabólicas (classificados pela libertação/consumo/transferência de energia):
ANABOLISMO: necessitam de energia para sintetizar moléculas mais complexas a partir de moléculas simples (transformar duas moléculas numa única)
CATABOLISMO: conduzem á degradação de moléculas complexas, formando-se moléculas mais simples e libertando-se energia (trnsformar uma molécula em duas - ex: lactose em glucose e galactose).

Os CATALISADORES são moléculas capazes de acelerar uma reacção quimica sem que nela sejam consumidos. As mais eficazes e usadas pelas células são as Enzimas: são catalisadores biológicos e na sua maioria são proteínas especiais que têm capacidade de acelerar reacções quimicas.

As enzimas apresentam um elevado grau de especificidade, catalisando apenas um determinado tipo de reacção quimica. Uma grande parte das enzimas actua apenas sobre um tipo particular de substância, designada SUBSTRACTO.
As enzimas com especificidade absoluta actuam apenas sobre um tipo de substracto e as enzimas com especificidade relativa podem actuar sobre um grupo de substractos, que têm de ser moléculas semelhantes a nível quimico (o mesmo tipo de ligações quimicas, por exemplo...)

As enzimas são proteinaa globulares com estrutura terciária e possuem uma região, designada CENTRO ACTIVO, que se liga ao substracto..
Quando o substrato se liga ao centro activo da enzima, forma-se o complexo ENZIMA-SUBSTRATO.

Uma vez activado o substracto, desencadeia-se a reacção que conduz à transformação desse substracto no produto, sem que sejam necessários elevados níveis de energia.

Algumas enzimas são constituidas apenas por material de natureza proteica. No entanto, existem enzimas que apenas conseguem catalisar reacções se estiverem associadas a substâncias designadas COFACTORES. Na constituição destas enzimas, é possivel distinguir a existência de duas componentes:
APOENZIMA - que corresponde à molécula de natureza proteica
COFACTOR - que corresponde à substância de natureza não proteica
A apoenzima e os cofactores, quando isolados, não têm poder catalítico. A associação destes dois componentes permite formar uma enzima activa, que toma a designação de HOLOENZIMA.

A actividade enzimática é condicionada por diversos factores:

- temperatura - altas temperaturas conduzem há desnaturação da enzima.
- baixas temperaturas conduzem há compactação da
molécula dificultando as ligações com o substracto.

- pH - pH baixo (basicidade) revela valores elevados de acidez
- pH elevado tornam a enzima inactiva
- pH do meio interfere com a conformação do centro activo,
podendo em casos extremos, conduzir à desnaturação da enzima,
tornando-a permanentemente inactiva.

- concentração do substracto - a velocidade da reacção está relacionada
com o ponto de saturação, pois por mais
que a concentração do substracto aumente
a velocidade da reacção mantém-se constante.

- concentração da enzima


Existem diversas moléculas que são capazes de inibir a actividade das enzimas. Estas substâncias são, genericamente, designadas INIBIDORES, podendo a sua acção fazer-se de forma reversivel ou irreversivel.

Os inibidores provocam uma INIBIÇÃO ENZIMÁTICA REVERSIVEL quando se ligam temporariamente à enzima e, após a sua dissociação, a enzima permanece funcional. A reversibilidade da inibição radica nas fracas ligações que se estabelecem entre o inibidor e a enzima.
Quando os inibidores se combinam com a enzima de forma permanente, inactivando-a ou destruindo-a, diz-se que ocorre uma INIBIÇÃO ENZIMÁTICA IRREVERSIVEL. Muitas das substâncias que funcionam como venenos são inibidores irreversiveis.

A inibição enzimática e, particularmente a inibição reversivel, pode ser do tipo competitivo ou não competitivo.
(ver link na imagem)

Cada célula possui um número elevado de enzimas que catalisam, em cada momento, um elevado número de reacções quimicas. Geralente, estas reacções não ocorrem de uma forma isolada, mas de forma sequencial, isto é, o produto de uma reacção é utilizado como substracto de uma reacção seguinte e assim sucessivamente até se obter o produto finasl. Uma cadeia de reacções deste tipo, catalisada por uma cadeia enzimática, constitui uma VIA METABÓLICA.
Frequentemente, as vias metabólicas são reguladas por substâncias que se ligam à enzima, modificando a sua conformação. À semelhança do que acontece na inibição não competitiva, essas substâncias modificam a conformação da enzimas ao lgarem-se a uma região especifica diferente do centro activo, designada CENTRO ALOESTÉRICO. A ligação de substâncias nreguladoras ao centro aloestérico, modificando a conformação da enzima, pode conduzir à inibição ou estimulação da actividade enzimática (ver link da imagem acima).


(ver post - "Conservação, melhoramento e produção de novos alimentos" - terça-feira, 26 de Abril de 2011)


As técnicas de Engenharia Genética constituem um instrumental fundamental para a melhoria da produtividade agrícola, tendo importantes aplicações quer na criação de animais, quer na criação de plantas.

A maioria das plantas apresenta uma série de caracteristicas que as torna adequadas para o melhoramento genético:
- possuem um ciclo de vida curto, o que permite uma selecção rápida de novas caracteristicas;
- podem ser autofecundadas, o que permite a fixação de uma nova caracteristica introduzida;
- são muito prolíficas, o que favorece o aparecimento de mutações, aumentando a diversidade sobre a qual a selecção pode actuar;
- as células vegetais isoladas mantêm a totipotência, podendo, por isso, regenerar um organismo completo.

Assim, existem numerosas plantas TRANSGÉNICAS, isto é, portadoras de genes novos no seu genoma.

O DNA utilizado para transformar células vegetais é composto, normalmente, pelo gene de interesse (gene-alvo), associado a um gene promotor, sendo incluído ainda um gene marcador (ou marca de selcção), sob a regulação de um promotor adequado.

Os 2 métodos mais utilizados para a introdução de DNA EXÓGENO em plantas são a TRANSFERÊNCIA MEDIADA PELA BACTÉRIA AGROBACTERIUM TUMEFACIENS e o BOMBARDEAMENTO DE PARTÍCULAS ou BIOLÍSTICA.

Transferência mediada pela bactéria:
A capacidade natural de A. tumefaciens para modificar geneticamente as células vegetais foi aproveitada para a introdução artificial de novos genes ewm plantas, bastando para tal modificar o T-DNA (segmento de DNA cateriano que é integrado e se expressanas células da planta), substituindo os oncogenes pelo gene ou genes que se pretendem introduzir.

Bombardeamento de particulas ou Biolística:

Os canhões de particulas utilizam pólvora, hélio ou ar comprimido para impulsionar as partículas sobre o material exposto a velocidades compreendidas entre os 300 m/s e os 600 m/s. Desta forma, estas micropartículas atravessam a parede celular e a membrana celular, introduzindo o DNA no núcleo de algumas células.
O bombardeamento de partículas pode ser utilizado para transformar células em suspensão, tecido caloso ou mesmo explantes.

Para além dos métodos referidos de introdução de DNA exógeno nas plantas, existe uma outra técnica de transformação de plantas, que recorre á fusão de PROTOBLASTOS.
Os protoblastos são células vegetais, cujas paredes foram removidas por acção enzimática. É possivel fundir dois protoblastos de diferentes epécies de plantas que, de outra forma, seriam reprodutivamente incompativeis. Os protoblastos híbridos resultantes são colocados num meio de cultura adequado, de forma a regenerarem a parede celular e, eventualmente, formar uma plântula híbrida.

Nos animais recorre-se aos OGM's (Organismos Geneticamente Modificados).
Tudo isto é realizado em função de um melhoramento de qualidades nutritivas, alteração da maturação e tolerância a condições ambientais adversas no produto.



As pragas são um factor importante para o sucesso ou não sucesso dos processos enunciados.
Para controlar pragas utilizam-se produtos químicos denominados agentes biocidas ou pesticidas, tais como os fungicidas (fungos), os raticidas (ratos), os insecticidas (insectos) e os herbicidas (ervas daninhas, por exemplo).
Os pesticidas possuem caracteristicas distintas, nomeadamente no que diz respeito ao seu ESPECTRO DE ACÇÃO e à sua PERSISTÊNCIA.
Os pesticidas de largo espectro são tóxicos para várias espécies, enquanto os pesticidas especificos só são eficazes num número restrito de espécies.
A persistência de um pesticida é o intervalo de tempo que ele permanece activo no ambiente.

Existem também, práticas alternativas para o controlo de pragas pois os pesticidas possuem elevadas desvantagens para o meio, ser humano e até para o produto que queremos proteger e preservar:
- a rotação anual do tipo de culturas efectuadas num campo (não semear, num mesmo local, sempre a mesma coisa);
- o recurso à policultura em detrimento da monocultura (semear várias coisas ao mesmo tempo para protecção de uma cultura);
- a realização das culturas em locais onde não existam as suas principais pragas (estudar o local quanto a pragas antes de semear algo);
- o ajuste dos ciclos das culturas de forma a que as principais pragas marram de fome ou sejam comidas pelos seus predadores (não semear nas alturas em que as pragas estão no auge da sua reprodução, ou então semear quando os seus predadores estão no auge da sua reprodução);
- o plantio de culturas marginais para atrair as pragas para fora da cultura principal;
- o plantio de sebes em redor das culturas, de forma a fornecer habitats para os inimigos naturais das pragas;
- uso de hormonas - Os insectos têm ciclos reprodutores regulados por controlo hormonal. A aplicação de hormonas sintéticas na altura adequada pode alterar o ciclo de vida dos insectos, ajudando a controlar as suas populações. (podem afectar também os predadores dessas mesmas pragas)
- uso de feromonas - As feromonas são substâncias quimicas produzidas pelos animais para atraírem um parceiro sexual. Assim, podem ser usadas para atrair as pragas para uma armadilha ou então para atrair os seus predadores naturais. (são inofensivas mas em contrapartida a produção de uma feromona é muito dispendioso)


BIOAMPLIAÇÃO: substâncias tóxicas no ambiente, cujos niveis vão aumentando ao longo da cadeia alimentar.
BIOACUMULAÇÃO: substâncias tóxicas são armazenadas em determinados órgãos ou tecidos, em níveis de concentração superiores ao normal.
DL50: é a dose letal média que mata exactamente 50% de uma população em estudo num periodo de 14 dias.

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA:
Poluentes Primários: moléculas simples, tais como CO e NO
Poluentes Secundários: Moléculas complexas, tais como HNO3 e O3.

- NEVOEIRO FOTOQUIMICO - consiste numa mistura de poluentes primários e secundários, formados sob a influência da luz solar. Embora possa conter mais de 100 gases distintos, o principal componente do nevoeiro fotoquimico é o ozono fotoquimico.
A principal causa do nevoeiro fotoquimico é a combustão de combustiveis fósseis em veiculos e na industria, sendo assim evidenciado mais nos paises mais desenvolvidos como EUA, Brasil, etc.
- CHUVAS ÁCIDAS - a maioria das fábricas e das centrais termoelétricas de países desenvolvidos utiliza chaminés altas para ajudar à diluição dos poluentes na atmosfera, bem como o seu transporte pelos ventos, reduzindo, deste modo, a poluição atmosférica local. No entanto, estes poluentes primários transformar-se-ão em poluentes secundários causando poluição regional (foram levados pelo vento).
Estas substâncias ácidas permanecem na atmosfera por um periodo variável. Durante este periodo, elas são depositadas na superficie terrestre, sob a forma de precipitação - chuva ácida.
- AQUECIMENTO GLOBAL e EFEITO DE ESTUFA - consiste no aumento da temperatura média dos oceanos e do ar junto há superficie.
O efeito de estufa é a causa, até aos dias de hoje assim classificada, do aquecimento global, sendo um fenómeno de orgem natural pois sem este o planeta terra seria um planeta frio e sem vida.
1. A radiação solar atravessa a atmosfera e aquece a superficie terrestre.
2. A superficie terrestre liberta algum desse calor para a atmosfera. Parte dele é libertado para o espaço, enquanto que a outra parte é absorvida por moléculas de gases de estufa e emitida sob a forma de radiação infravermelha, que aquece a atmosfera.
3. O aumento da concentração de gases de estufa causa um aumento de calor na atmosfera.
- DEPLEÇÃO DO OZONO ESTRATOSFÉRICO - a principal causa da depleção do ozono estratosférico é a libertação de CFC paraa atmosfera.
Uma vez na estratosfera, as moléculas de CFC, por acção da radiação UV, libertam átomos de cloro, que catalizam a decomposição de moléculas de ozono em oxigénio, ficando novamente os átomos de cloro livres para outras ligações.

POLUIÇÃO AQUÁTICA:

LINHAS DE ÁGUA SUPERFICIAIS
CBO (CARÊNCIA BIOQUIMICA DE OXIGÉNIO) - a quantidade de matéria orgânica oxidável na água pode ser determinada através da medição da CBOn, isto é, da quantidade de oxigénio dissolvido que as bactérias decompositoras necessitam para degradar a matéria orgânica de um detrminado volume de água durante um periodo de incubação de n dias, a 20ºC.

LAGOS
EUTROFIZAÇÃO NATURAL - quando os lagos e as albufeiras recebem escorrências ricas em nutrientes e sedimentos erodidos dos terrenos circundantes.
EUTROFIZAÇÃO CULTURAL - quando as actividades humanas aceleram o transporte de nutrientes para um lago.

A sobrecarga de nutrienes leva a um crescimento exagerado das populações de organismos.

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
OCEANOS

POLUIÇÃO DOS SOLOS:
um solo diz-se poluido quando determinadas substâncias nesse solo produzem alterações nas suas condições quimicas, fisicas ou biológicas que afectam o normal desenvolvimento das esspécies vegetais que nele se encontram ou dos animais que as consomem.


RECICLAGEM - separação do lixo
REUTILIZAR
REDUZIR
RECICLAR
RESPONSABILIDADE
RESPEITO

INCINERAÇÃO - consiste na queima de residuos que, de outra forma, poderiam poluir os solos e as águas.

COMPOSTAGEM - é o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronômico) àqueles encontrados na(s) matéria(s) prima(s).

ATERRO SANITÁRIO - consiste na deposição de residuos em camadas finas, compactados e cobertos com uma camada de argila ou de plástico.

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS (ETAR) - os efluentes que chegam a uma ETAR podem ser sujeitos a três niveis de purificação: tratamento primário, tratamento secundário e tratamento terciário ou avançado.
- TRATAMENTO PRIMÁRIO é o processo durante o qual se filtram os sólidos de grandes dimensões e se decanta grande parte da matéria sólida em suspensão.
- TRATAMENTO SECUNDÁRIO é o processo biológico, no qual bactérias aeróbias removem até 90% da matéria orgânica oxidável (residuos biodegradáveis).

As lamas produzidas nos tratamentos primário e secundário são tratadas, transformando-se em lodos tratados.

- TRATAMENTO TERCIÁRIO ou AVANÇADO - é uma série de processos fisico-quimicos que têm como fim a remoção de poluentes especificos que permanecem na água após os tratamentos primário e secundário. é pouco usado, por ser muito dispendioso.


A população humana global apresenta um crescimento exponencial.

O crescimento exponencial da população humana afecta directamente a qualidade de vida do Homem, pois eestá associado a problemas como rápida depleção de recursos, as mudanças climáticas globais, a diminuição da biodiversidade, a poluição ou a pobreza.

A distribuição da população a nível mundial não é uniforme.

A Demografia é a ciência que estuda os aspectos quantitativos das populações humanas.

O crescimento ou declinio de uma população depende da relação entre três factores: natalidade, mortalidade e migração.

O aumento da população não ocorre de forma igual em todas as regiões do globo. O maior contributo para este aumento vem dos países em vias de desenvolvimento.

A mortalidade e a natalidade evidenciadas por uma população estão condicionadas por uma série de factores, tais como: a reprodução e a fertilidade, caracteristicas genéticas e imunológicas da população, tipo de alimentação e incidência de certas doenças.

A esperança média de vida e a taxa de mortalidade infantil são dois indicadores do estado geral de saúde de uma dada população.

A estrutura etária e a razão de sexos são duas caracteristicas determinantes na caracterização de uma população.

Nas pirâmides estárias é comum considerar-se três classes de idades:
- pré-reprodutiva (até aos 14 anos)
- reprodutiva (dos 15 aos 44 anos)
- pós-reprodutiva (a partir dos 45 anos)

O tipo de crescimento populacional está relacionado com a forma da pirâmide etária.



A sustentabilidade é a capacidade que um sistema tem de sobreviver durante um certo intervalo de tempo, sendo que o planeta TERRA é um sistema aberto.

Uma sociedade sustentável tem por base o desenvolvimento sustentável e aponta para a necessidade de não utilizar os recursos renováveis acima da capacidade de regeneração natural dos mesmos, da mesma forma que se evita um excesso de poluição (acima da capacidade natural de depuração do ambiente.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Exposição de Darwin

Hoje fomos à exposição de Darwin com a nossa professora de biologia no jardim Botânico e na casa Andresen.
Foi espetacular, desde a biografia de Charles Darwin à biodiversidade e à sua importância, viajamos de sala em sala, de espaço em espaço e de puf em puf (não posso deixar de referir que os puff's que lá se encontravam para além de giros eram muito confortáveis).
O nosso guia fez-nos compreender Charles Darwin e toda a beleza do seu trabalho assim como nos fez ver o quão importante é preservar a biodiversidade, isto é, AS diferenças que entre cada ser existem tornando-nos como únicos.
Depois de viajarmos pela casa Andresen, naquela imensidão de branco deixando fluir os nossos pensamentos e imaginação, fomos até um espaço que apresentava uma leveza de criança, como sendo um laboratório lúdico, onde realizamos o tal jogo das pintarolas de forma a entendermos a biodiversidade e a selecão natural falada por Darwin.
A visita não ficou por aqui e dirigimo-nos então para as estufas onde pudemos observar pássaros que sofreram o processo de selecção artificial, isto é pássaros com "pantufas", pássaros com "golas" e pássaros que quase fazem o leque de pavão, um tatu, três suricatas (o suri, o cata e o terceiro do qual já não me recordo do nome), duas araras, etc.


Curiosos???
Vou dar então mais detalhes....

A mostra conta a épica viagem de Charles Darwin a bordo do HMS Beagle e as principais provas captadas pelo cientista britânico.
Estas provas levaram Darwin a escrever «A Origem das Espécies», obra onde apresenta, pela primeira vez, a Teoria da Evolução, base de toda a Biologia moderna.

Ao longo dos dois pisos da Casa Andresen, nós visitantes entramos numa longa viagem e começamos a compreender o mundo antes de Darwin, conhecer as transformações que o cientista provocou e perceber como surgiram as primeiras teorias com especial enfoque na volta ao mundo que protagonizou.


Nesse percurso, nós público podemos observar os mais emblemáticos exemplos de adaptação das espécies captadas pelo cientista e retiradas do famoso arquipélago das Galápagos, onde Darwin passou grande parte da viagem.

Patente até 17 de Julho, a exposição é composta por materiais vindos de várias instituições de relevo como o American Museum of Natural History, o Real Jardín Botánico de Madrid, o Musée de Histoire Naturelle de Paris ou o Museu Nacional de História Natural, que contribuem para um espólio que tem como foco central o acervo cedido pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Para dinamizar a exposição, a Universidade do Porto criou um programa educativo dirigido a todas as escolas do ensino básico e secundário onde a minha turma se inseriu e, paralelamente a esta iniciativa, decorrem semanalmente outras actividades, organizadas para um público de todas as idades, nas quais se incluem workshops, palestras, música, teatro e oficinas práticas.

Além de se ficar a conhecer esta colecção sobre a vida e obra de Charles Darwin, também há a oportunidade de passear pela renovada Casa Andresen, edifício histórico da cidade, onde durante vários anos funcionou o Departamento de Botânica da Faculdade de Ciências, e o Jardim Botânico.


Não deixem de ir...
É mágico!!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Documentário - aula diferente

Hoje a nossa professora optou por nos mostrar um documentário acerca de alimentos transgénicos e patentes de alimentos e de genes.
O documentário baseou-se em testemunhos de agricultores americanos, mexicanos, entre outros; sensibilizando-nos para o rápido avanço da tecnologia onde nem tudo se revela vantajoso.
As patentes de determinados genes, fazem com que cada alimento que possua esse mesmo gene (independentemente de ter sido "adicionado" pelo vento, insectos ou até mesmo por meios quimicos para controlo de pragas)torna-se então produto da empresa que é dona da patente desse gene.
Absurdo???
É o que os agricultores tentam dizer nos tribunais quando as grandes empresas exigem as terras que deram fruto a ESTES alimentos ou simplesmente os custos que os supostos proprietários iriam herdar das vendas dos seus produtos.


Um outro ponto bastante problemático também nos dias de hoje, mas que as pessoas tendem a fechar os olhos para não se preocuparem nem se chatearem são os alimentos trangénicos, designados por OGM (Organismo Geneticamente Modificado).
Pelo que pude perceber no decorrer do documentário, estes alimentos que sofrem transformações pela mão humana, quer seja para melhoramento do produto (textura, sabor, tamanho) quer seja para resistência a pragas, não é rotulado como sendo um alimento geneticamente modificado.
Muito pelo contrário, os alimentos que não são geneticamente modificados é que vêm rotulados como não o sendo.

Estupefactos???

Já imaginaram como é que nós poderemos votar ou até mesmo defendermo-nos dos OGM?
Dos vários aditivos e processos porque os alimentos trangénicos passam podem resultar em diversos efeitos secundários nos nossos filhos, conhecidos e descêndencias futuras. Mas como poderemos dizer que a culpa é do ALIMENTO GENETICAMENTE MODIFICADO se não lhes podemos seguir o rasto???
Pelo que sei não vêm rotulados!!!

Dá que pensar....

terça-feira, 26 de abril de 2011

Conservação, melhoramento e produção de novos alimentos

Desde a Antiguidade que o homem recorre a processos biotecnológicos, mais ou menos sofisticados, com vista à produção, ao melhoramento e à conservação de alimentos.

Exemplos de produtos obtidos por fermentação:
A fruta é a matéria-prima que após a ferentação pode dar lugar a vinho, vermute ou brandy.







A cana de açúcar é a matéria-prima que depois de sofrer a fermentação dará lugar ao rum.

Os cereais são a matéria-prima do pão.






Actualmente, para além dos processos fermentativos clássicos, a indústria alimentar recorre à utilização directa das enzimas com vista à transformação e ao melhoramento dos produtos. Para além de enzimas de origem vegetal, animal e microbiana, nos últimos anos, a Engenharia Genética tem produzido enzimas recombinantes, utilizando-se microorganismos como hospedeiros. Esta tecnologia permite ampliar os processos de transformação de alimentos por via enzimática.

Em diversas situações, uma das vantagens da fermentação é o alargamento do período de conservação do produto alimentar transformado.
Diversos métodos de conservação dos alimentos têm sido desenvolvidos ao longo da história da humanidade. Alguns mais clássicos como a fumagem e a salga são ainda hoje utilizados. Mais recentemente, têm-se desenvolvido métodos de conservação mais sofisticados que permitem não só alargar o prazo de validade dos alimentos como também preservar as suas propriedades. Além disso, algumas substâncias adicionadas aos alimentos - aditivos alimentares - permitem melhorar algumas das suas propriedades.

Assim, pode considerar-se que os métodos de conservação visam:
- evitar ou retardar o desenvolvimento de microorganismos indesejáveis;
- evitar ou retardar a alteração dos alimentos devido a fenómenos de autólise ou de oxidação (ver post's anteriores referentes á autólise e oxidação).

Algumas técnicas de conservação alimentar mais utilizadas:

Esterilização - Consiste em submeter o alimento a uma temperatura igual ou superior a 100ºC em atmosfera húmida, de forma a destruir ou inactivar os microorganismos e as enzimas capazes de produzirem alterações.
Contudo as elevadas temperaturas destroem algumas vitaminas e alteram outros nutrientes manisfestando-se no fenótipo do alimento.

Pasteurização - mais sofisticado do que a esterilização. A temperatura utilizada é inferior a 100ºC, estando geralmente compreendida entre os 60ºC e os 80ºC.
A pasteurização baseia-se na probabilidade de o número de microorganismos que permanecem viáveis após o tratamento ser suficientemente baixo para que não possam causar adulteração do alimento.

Refrigeração e congelação - As baixas temperaturas reduzem e inibem a actividade enzimática, o que conduz a uma diminuição do metabolismo microbiano.
A refrigeração consiste na colocação dos produtos alimentares a uma temperatura ligeiramente superior ao ponto de congelação da água. A maioria dos microrganismos patogénicos veeiculados pelos alimentos cessam o seu crescimento, bem como a produção de toxinas, quando a temperatura é inferior a 4ºC.
Embora a refrigeração seja um método eficaz e muito utilizado na conservação de produtos alimentares, apenas a congelação, obtida a temperaturas iguais ou inferiores a -18ºC, garante a total interrupção do desenvolvimento de microrganismos nos alimentos. Contudo apresenta também a desvantagem de provocar a produção de cristais de gelo conduzindo a alterações na textura dos alimentos.

Aditivos alimentares - São substâncias quimicas estranhas ao alimento que lhe são adicionadas no sentido de melhorar o mesmo.
Existem conservantes que são utilizados desde há muito tempo, como o sal, o vinagre, o açúcar e o álcool. Mais recentemente, outras substâncias quimicas vieram juntar-se a estes aditivos naturais. Actualmente, os conservantes quimicos são agrupados em:
- antioxidantes;
- ácidos orgânicos e sais derivados;
- açúcares e álcoois;
- sais inorgânicos;
- gases esterilizantes;
antibióticos.
A utilização dos diferentes conservantes é determinada pelo tipo de alimento que se pretende preservar.

Irradiação - Consiste na sujeição dos produtos alimentares a uma fonte de radiação, geralmente ultravioleta ou ionizante.
Certas radiações, como os raios UV e as radiações ionizantes, têm acção germicida e retardam a germinação e a maturação de sementes e frutos, respectivamente.
Os raios UV, devido ao seu comprimento de onda, são absorvidos pelas bases do DNA. A resistência dos microorganismos às radiações depende da fase de crescimento e do estado fisiológico da célula.
Lâmpadas UV:A irradiação dos alimentos mata os microorganismos superficiais, sem modificar as propriedades destes, que não se tornam radioactivos. A irradiação de espaços e utensílios de manipulação de alimentos permite reduzir os índices de contaminação.

Liofilização - Desidratação de alimentos congelados por sublimação da água. Permite conservar a textura e o aroma dos alimentos. A água é extraída lentamente mantendo-se a forma, aspecto e restantes propriedades do alimento, mesmo que estes já estejam cozinhados.

Fumagem - O alimento é exposto ao fumo que resulta da queima de madeira e que contém uma variedade de produtos voláteis, com efeito bacteriostático ou bactericida. O mais importante desses compostos é o formaldeído. O alimento sofre também desidratação e acção do calor.

Filtração esterilizante - alimentos líquidos passam num filtro esterilizado que retém os microorganismos.

Atmosfera modificada - Permite criar condições anaeróbias que impedem o crescimento de muitas espécies de microorganismos e as reacções de oxidação. Permite controlar a exposição dos alimentos a compostos voláteis, como o etileno...
Embalagem no vácuo: Remoção total do ar na embalagem.
Conservação ou embalagem em atmosfera modificada: Embalamento a baixa pressão. O ar atmosférico é substituído por uma mistura gasosa que favorece a conservação. Nessa mistura é aumentada a concentração de CO2 e diminuida a concentração de O2, em relação ao ar atmosférico.

Nos últimos anos, a engenharia genética tem permitido desenvolver novas variedades de alimentos transgénicos, os quais apresentam valores nutricionais bem diferentes dos originais.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Aula Prática - relatório "Quais são as propriedades da catalase e quais são os factores na sua actividade?"

Após estas férias há que começar com algo levezinho e como tal, um relatório de uma aula prática encaixa no post ideal!

Este v de gowin é uma imagem esquemática da aula prática realizada na última semana de aulas.
Este v de gowin é uma "resposta" há pergunta indicada no título deste post.
Espero que vos seja claro...


O papel do tubo 1 é de termo de comparação, isto é, o tubo de controlo.
O gás que se libertou dos tubos é o Oxigénio (O2) e Vapor de água (H20) que têm origem na catalisação/reacção.
A reacção maior foi tanto no tubo 3 como no tubo 4.
A substância que funcionou como substrato neste procedimento foi a sacarose e a água oxigenada (H202).
O dióxido de manganês designa-se como catalisador inorgânico devido ao seu papel na decomposição da água oxigenada.
A substância que existe nas células do fígado e que desempenha o mesmo papel é a catalase.
A integridade desta substância (catalase) não foi alterada nas reacções, isto é, não se gastou nem se modificou como podemos comprová-lo nos resultados dos tubos 3 e 4.
Uma hipótese explicativa da ausência de reacção no tubo 5 é o substracto sacarose não se “ligar” ao centro activo da enzima catalase.

A interpretação dos resultados desta investigação baseiam-se nas propriedades das enzimas e dos substractos assim como em todos os factores que influenciam a actividade das enzimas, abordando os seguintes tópicos:

Especificidade
Concentração do substracto
Concentração da enzima
Temperatura
PH

O papel do hidrossulfito de sódio é tornar o meio Básico (PH).
A reacção da enzima a baixas temperaturas é reversível pois a reacção não ocorreu de inicio mas á medida que a temperatura se foi equiparando com a temperatura ambiente, a reacção começou a estar presente. (temperatura)
A inexistência da reacção no tubo 3 explica-se pela alteração da catalase a altas temperaturas de forma irreversível. (especificidade)
A catalase actua fora das células pois usei extracto de fígado (fora das células) e fígado fragmentado (dentro das células).

domingo, 24 de abril de 2011

Fermentação e Actividade Enzimática

Fermentação

•Fermentação – processo anaeróbio em que ocorre a produção de ATP, a partir de compostos orgânicos, numa série de reacções redox, que não envolvem uma cadeia transportadora de electrões. A fermentação envolve menores ganhos energéticos já que apenas se formam 2 moléculas de ATP por molécula de glicose, enquanto que na respiraçãoaeróbia se formam 36 ATP.



Actividade Enzimática

•Metabolismo Celular – conjunto de reacções químicas que ocorrem numa célula. É através do metabolismo que é feita a gestão de recursos materiais e energéticos da célula. O metabolismo celular inclui reacções de:

•Catabolismo – moléculas complexas são convertidas em moléculas mais simples, com libertação de energia.

•Anabolismo – síntese de moléculas complexas a partir de moléculas simples, com gasto de energia.

As reacções de catabolismo e anabolismo relacionam-se de tal forma que a energia libertada pelas primeiras é utilizada nas segundas.

•Para que ocorra uma reacção química, tem de se verificar a ruptura de ligações químicas nas moléculas dos reagentes e a formação de novas ligações químicas que dão origem aos produtos de reacção. A energia necessária para uma reacção química se iniciar é a energia de activação (Ea).

A absorção de energia torna as moléculas dos reagentes instáveis, aumenta a sua energia cinética e a probabilidade de colidirem e aumenta a agitação dos átomos, enfraquecendo as ligações entre eles; atinge-se um estado de transição a partir do qual a reacção química é iniciada.


•Nas células, ocorrem reacções químicas que envolvem moléculas muito estáveis e cuja Ea é elevada. No entanto, não pode ser o calor a fornecer a Ea, uma vez que causaria a desnaturação das proteínas e a morte celular, e as reacções têm de ser rápidas.

•Uma reacção não catalisada depende do choque aleatório entre os reagentes. Como uma enzima possui uma estrutura muito específica pode ligar-se ao substrato e diminuir a aleatoriedade.

•As células possuem catalizadores – agentes químicos capazes de acelerar as reacções químicas sem serem consumidos durante esse processo.


Estrutura e propriedades das enzimas

- As enzimas são catalizadores biológicos que apresentam as seguintes características:

•aumentam a velocidade das reacções químicas, pois diminuem a energia de activação necessária para que as reacções se iniciem;

•não são consumidas nas reacções químicas que catalizam;

•são moléculas proteícas, com conformação tridimensional. Algumas necessitam de elementos não proteícos para a sua acção catalítica;

•são específicas, devido à sua natureza proteíca.

•Na ausência de enzimas, as reacções ocorreriam, mas com velocidades inferiores, o que não suportaria as propriedades da vida como a conhecemos.

•Natureza química das enzimas:

- porção proteíca maioritária (propriedades idênticas às proteínas) – pode ser total ou então constituir a apoenzima.

•Cofactores:

- iões metálicos (metaloenzima)

- moléculas orgânicas (coenzima)

- apoenzima + coenzima = holoenzima

•A molécula sobre a qual a enzima actua é o substrato.

•As enzimas são proteínas com uma conformação tridimensional e possuem uma região através da qual se estabelece a ligação ao substrato – centro activo.

•A ligação do substrato ao centro activo da enzima forma o complexo enzima-substrato. As ligações que se estabelecem no complexo são fracas, mas suficientes para desencadear a conversão do substrato em produtos. Os produtos deixam o centro activo e a enzima fica livre para catalizar a transformação de outro substrato.

•Centro activo:

- É uma pequena porção da enzima;

- Tem estrutura tridimensional. A alteração da estrutura própria do local activo produz inactivação enzimática, em consequência da desnaturação proteíca;

- Os substratos ligam-se ao local activo por ligações químicas.

- Os locais activos são fendas ou frestas, onde se cria um microambiente próprio para o mecanismo de catálise.

- São altamente específicos. O substrato deve ter uma estrutura complementar para se ajustar ao local activo.

Muitas enzimas provocam a quebra de ligações nos substratos, enquanto outras promovem a formação de ligações, pois conseguem aproximar correctamente os substratos de modo a que estes reajam e formem uma ligação.

•Numa reacção química catalisada por uma enzima, e como resultado da sua actividade, verifica-se ao longo do tempo:

- a diminuição da concentração do substrato;

- a diminuição, seguida de estabilização, da concentração de enzima livre;

- o aumento, seguido de estabilização, do complexo enzima-substrato;

- o aumento da concentração de produto.

•A estabilização das concentrações de enzima livre e de complexo enzima-substrato reside no facto da velocidade de formação do complexo enzima-substrato igualar a velocidade de dissociação.

•A complementaridade entre o substrato e o centro activo da enzima está na origem da especificidade de acção enzimática. É possível distinguir:

- Especificidade absoluta – A enzima actua apenas sobre um determinado substrato;

- Especificidade relativa – A enzima actua sobre um conjunto de substratos quimica e estruturalmente relacionados.

•A especificidade absoluta pode ser interpretada pelo modelo chave-fechadura, proposto por Fisher no final do século XIX, e que considera o centro activo da enzima uma estrutura rígida e pré-complementar do substrato.

•Em 1959, Koshland propôs o modelo de encaixe induzido, que considera que o centro activo da enzima interage, de uma forma dinâmica, com o substrato, ajustando-se a ele quando se estabelece a ligação. Este novo modelo permitiu explicar a especificidade relativa de algumas enzimas.


Inibição Enzimática

•Inibidor – composto que se liga à enzima e que afecta negativamente a sua actividade. Pode ser:

•natural – utilizado pelas células para regularem o seu metabolismo.

•artificial – usado para combater doenças, eliminar pestes, estudar laboratorialmente as enzimas, indústria alimentar...


Tipos de inibição enzimática:

•Inibição irreversível – o inibidor combina-se permanentemente com a enzima, através de ligações covalentes, tornando-a inactiva ou provocando a sua destruição. Muitos venenos são inibidores enzimáticos irreversíveis, como é o caso do DDT, que inibe enzimas do sistema nervoso.

•Inibição reversível – o inibidor combina-se temporariamente com a enzima, através de ligações fracas, e, quando se dissocia, a enzima permanece funcional e capaz de transformar o substrato. A inibição pode ser:

•Inibição competitiva – o inibidor é uma molécula estruturalmente semelhante ao substrato, mas resistente à acção da enzima, e que compete com o substrato pelo centro activo da enzima. O efeito da inibição sobre a velocidade da reacção depende da concentração relativa de substrato e de inibidor. Aumentando a concentração de substrato, aumenta também a probabilidade de se estabelecerem ligações entre o substrato e a enzima em vez de se estabelecerem ligações entre o inibidor e a enzima.

•Inibição não competitiva ou alostérica – o inibidor é uma molécula estruturalmente diferente do substrato e liga-se à enzima num local que não é o centro activo e se designa centro alostérico. A ligação do inibidor ao centro alostérico provoca a alteração da conformação do centro activo, de tal modo que impede a ligação do substrato. A inibição não competitiva é utilizada na regulação das vias metabólicas.

•Indução – aumento da actividade da enzima por ligação com compostos indutores que promovem mudanças no centro activo da enzima que facilitam a ligação deste com o substrato



Para melhor entenderem tem aqui uma animação sobre tudo o que falei:
http://www.northland.cc.mn.us/biology/biology1111/animations/enzyme.swf

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Boas Férias

Agora entramos num curto espaço de descanso e repouso para repensarmos todo o nosso projecto até agora e também para angariarmos forças e vontades de aprender, inovar e ajudar...
Como tal,

quarta-feira, 16 de março de 2011

Biotecnologia no Diagnóstico e na Terapêutica de doenças

A biotecnologia é uma área do conhecimento que, de uma forma genérica, pode ser considerada como resultante da reunião entre a engenharia e as ciências da vida, de forma a manipular os seres vivos ou os seuscomponentes, no sentido de obter produtos úteis. Desta forma, a biotecnologia constitui um dos exponentes da integração entre ciência e tecnologia.

Nos últimos anos, a Biotecnologia tornou-se numa das promissoraa áreas cientifico-tecnológicas, capz de ter aplicações no melhoramento de problemas das mais diversas áreas como a do ambiente, a da saúde e a da produção de alimentos. O sucesso da Biotecnologia não é certamente alheio ao avanço de áreas cientificas, como a Biologia, a Bioquimica, a Genética, a Imunologia e os Bioprocessos.
Esta área cientifico-tecnológica tem contribuído para o diagnóstico e a terapêutica de doenças. Neste contexto, os processos biotecnológicos encontram um importante pilar na imunologia, e de forma particular, na produção de anticorpos.

(Ver publicações anteriores para perceber os anticorpos)


Anticorpos policlonais – conjunto de anticorpos com diferentes especificidades, produzidos em resposta a um contacto com outro antigénio.

Anticorpos monoclonais – anticorpos produzidos em laboratório com elevada especificidade para um determinado antigénio.






Obtenção de anticorpos monoclonais em laboratório:



Algumas aplicações dos anticorpos monoclonais:

- Diagnósticos de doenças ou condições clínicas;








- Imunização passiva;









- Tratamento do cancro;












- Enxertos e transplantes;










- Antídotos para venenos e drogas.








Bioconservação – consiste na transformação de um determinado composto noutro composto estruturalmente relacionado e, com valor comercial, por células ou microrganismos.
Produtos obtidos por bioconservação:
- Antibióticos
- Esteroides
- Vitaminas
- Vacinas
- Proteínas humanas

sábado, 12 de março de 2011

Imunodeficiências


O sistema imunológico actua para proteger o organismo de infecções. Essas infecções podem ser causadas por vários agentes, incluindo bactérias, vírus, fungos e parasitas. O sistema imunitário utiliza os linfócitos (ou outro tipo de glóbulos brancos do sangue) e as imunoglobulinas (ou anticorpos) para combater esses invasores externos.
As imunodeficiências podem ser de natureza congénita ou adquirida.

1.Imunodeficiência congénita
A desordem mais séria do sistema imunitário é aquela em que os indivíduos não possuem linfócitos B nem linfócitos T.
Pessoas com este tipo de imunodeficiência, têm dificuldade em combater as infecções devido à produção inadequada de anticorpos, ou seja, possuem um funcionamento anormal da medula óssea.
Um enxerto de medula óssea compatível pode ser um tratamento eficaz.
Existem outras deficiências congénitas menos graves.
Imunodeficiência congénita ou inata:- Esta doença tanto afecta a resposta humoral como a resposta mediada por células;
- Resulta de deficiências genéticas que se manifestam durante o desenvolvimento embrionário.

Qual a sua origem e as suas consequências?
Esta incapacidade do sistema imunitário responder aos agentes patogénicos resulta das malformações do timo, surgindo como consequência a deficiente produção de linfócitos B, que se traduz numa maior sensibilidade a infecções exteriores e na falta de linfócitos T, que se traduz numa maior sensibilidade a agentes infecciosos intracelulares (vírus e cancros), o que torna os doentes extremamente vulneráveis aos antigénios.

A mais grave Imunodeficiência inata:
A mais grave das imunodeficiências toma pelo nome de Imunodeficiência grave combinada (SCID). Esta doença caracteriza-se pela ausência de linfócitos B e T. Os doentes que sofrem desta doença são extremamente vulneráveis e apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis.

Tratamentos possíveis:
- Transplante de medula;
- Terapia génica (consiste na substituição de um gene defeituoso por um funcional).

2. Imunodeficiência adquiridaO caso mais paradigmático, na actualidade, é o da sida.
A Síndrome de ImunoDeficiência Adquirida, é uma doença viral causada pelo vírus HIV, da família dos retrovírus, que afecta o sistema imunitário.
O alvo principal são os linfócitos T, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. Assim que o número destes linfócitos desce abaixo de um certo nível; o colapso do sistema imunitário é possível, abrindo caminho a doenças oportunistas que podem matar o doente. Além disso, o vírus da sida causa numerosos danos por si só.



Como se transmite o HIV?
- Relação sexual (vaginal, anal e oral) ou por contacto com sangue infectado, sémen ou fluídos cervicais e vaginais. Este é o meio de transmissão mais frequente em todo o mundo e o vírus HIV pode ser transmitido através de uma pessoa infectada para o seu parceiro ou para a sua parceira. (homem para mulher, mulher para homem, homem para homem, e menos provável mulher para mulher);
- Transfusões de sangue ou derivados (obtidos através de doador infectado pelo HIV);
- Agulhas, seringas ou instrumentos perfurantes contaminados pelo HIV;
- Transmissão materna de HIV/SIDA pode ocorrer durante a gravidez, parto e aleitamento materno.

O HIV NÃO pode ser transmitido através de:
- Tosse ou espirro;
- Mordidas de insectos;
- Toque e abraço;
- Água ou comida;
- Beijo;
- Banhos públicos;
- Apertos de mão;
- Contacto no trabalho ou escola;
- Uso de banheiros;
- Uso de telefones;
- Piscinas;
- Uso de copos, xícaras, pratos ou outros utensílios.


Quais são os sintomas de infecção pelo HIV?
A maior parte das pessoas não têm sintomas quando ficam infectadas pelo HIV. Algumas pessoas contudo têm sintomas tipo gripe cerca de um a dois meses após a exposição ao vírus. Os sintomas podem ser:
- Febre;
- Dores de cabeça;
- Cansaço;
- Aumento dos glânglios linfáticos (gânglios do sistema imunitário facilmente palpáveis no pescoço e nas virilhas).
Estes sintomas, em geral, desaparecem dentro de uma semana a um mês e são muitas vezes confundidos com outras infecções virais. Durante este período, as pessoas são bastante infectantes e apresentam o HIV em grandes quantidades nos fluídos genitais.

Como é diagnosticada a infecção pelo HIV?
Dado que a infecção pelo HIV não causa em geral sintomas um medico pode fazer o diagnóstico pela pesquisa de anticorpos contra o HIV no sangue da pessoas que se quer testar. Os anticorpos HIV em geral não atingem níveis detectáveis no sangue entre um a três meses a seguir à infecção. Pode ser preciso até seis meses para haver anticorpos em quantidade suficiente para serem detectáveis pelos testes de sangue mais usados.
As pessoas expostas ao vírus devem fazer um teste o mais precocemente possível, entre os 6 e os 12 meses após a exposição ao vírus. Fazendo os testes as pessoas com infecção pelo HIV podem falar com o seu médico quando será necessário iniciar tratamento no sentido de ajudar o seu sistema imune a combater o HIV e ajudá-lo a prevenir certas doenças oportunistas.

Como pode ser tratada a infecção pelo HIV?
Os médicos podem prescrever inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa em combinação com outros fármacos antiretrovirais.
Estes medicamentos chamados inibidores das proteases interrompem a replicação dos vírus numa parte mais avançada do ciclo.
Dado que o HIV se pode tornar resistente a alguns destes fármacos os médicos têm que usar uma combinação deles para que efectivamente o vírus seja suprimido. Quando os inibidores da transcriptase reversa e os inibidores das proteases são usados em conjunto diz-se que é uma terapêutica antiretroviral altamente activa que pode ser usada em doentes com o vírus do HIV.

Como pode ser prevenida a infecção pelo HIV?
Dado que não há vacina para o HIV a única forma de prevenção, da infecção pelo vírus, é evitar comportamentos de risco, tais como a troca de seringas e o sexo não protegido.
Aqui fica uma sugestão requintada:

terça-feira, 8 de março de 2011

Doenças auto-imunes

Este tipo de doenças ocorre quando o sistema imunitário se torna hipersensível a antigénios específicos das suas próprias células ou tecido, isto é, não reconhece as moléculas do próprio organismo como antigénios.
Recordemos que, durante o processo de maturação dos linfócitos, são eliminados aqueles que possuem receptores capazes de interpretar como estranho o que é próprio do organismo. Durante muito tempo, admitiu-se que a causa desta auto-imunidade estaria nalguma falha na destruição destes linfócitos. Contudo, actualmente, sabe-se que mesmo em indiduos saudáveis é possivel encontrar alguns linfócitos sensiveis para o que é próprio do organismo. No entanto, estes linfócitos não desenvolvem uma resposta auto-imune porque existem mecanismos reguladores que os bloqueiam.
Assim, admite-se que diversas causas podem levar a que a tolerância ao que é próprio seja quebrada e o sistema imunitário inicie uma resposta auto-imune, que pode ser mediada por anticorpos ou por células.



Quais os tipos de doenças auto-imunes (alguns):
Esclerose múltipla- Doença crónica do sistema nervoso. Esta patologia resulta da destruidora acção que alguns linfócitos T exercem sobre a mielina dos neurónios do sistema nervoso central.



Artrite reumatóide-
Caracteriza-se por inflamações extensas e dolorosas das articulações (cartilagens articulares), que causam a sua deformação.



Lúpus- Esta doença caracteriza-se pela produção de anticorpos por parte dos sistema imunitário, que actuam contra vários tipos de moléculas do próprio organismo, incluindo histonas e DNA.



Diabetes insulino-dependente- Resulta da destruição das células pancreáticas responsáveis pela produção de insulina.

sábado, 5 de março de 2011

Desequilibrios e Doenças do Sistema Imunitário (Parte II)

Concluindo:

As alergias são respostas exageradas a determinados antigénios do meio ambiente designados alergénios, resultantes de uma hipersensibilidade do sistema imunitário relativamente a alguns elementos, como o pólen, os ácaros, partículas de pêlos e penas, pó, algumas substências químicas e alimentares, venenos de insectos e, por vezes, algumas substâncias terapêuticas, como vacinas e antibióticos.
O primeiro contacto com o alergénio não produz, geralmente, sinais ou sintomas. No entanto, os linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos, produzindo anticorpos Ig E, especificos para esse antigénio. Alguns destes anticorpos ligam-se a células, como mastócitos e os basófilos, que ficam assim sensibilizados para esse antigénio.
Se ocorrer uma nova exposição ao alergénio, este entra em contacto com os mastócitos e basófilos sensibilizados, que libertam histamina e outras substâncias inflamatórias, verificando-se quimiotaxia, vasodilatação, aumento da permeabilidade dos capilares, edema e, por vezes, dor.



Alguns tipos de alergia não resultam da produção de anticorpos, sendo antes uma hipersensibilidade mediada por células. Frequentemente, este tipo de reacção alérgica está associada ao contacto directo e repetido com determinadas substâncias, como, por exemplo, alguns metais, o formaldeído, a lixívia, o látex, cosméticos e medicamentos de aplicação tópica, etc. e traduzem-se pelo surgimento de eczemas, granulomas e lesões cutâneas.

Se a reacção alérgica ocorrer, por exemplo, nas vias respiratórias, pode verificar-se uma constrição dessa vias, dificultando a ventilação pulmonar, como acontece com algumas formas de asma.

Por vezes, a reacção alergica é de tal forma severa que resulta num choque anafilático. Nesta situação, verifica-se um rápido aumento da dilatação e da permeabilidade dos vasos sanguineos, levando a uma queda brusca da pressão arterial, podendo comprometer a vida. As picadas de alguns insectos são, por vezes, a causa das reacções anafiláticas em individuos sensibilizados para o veneno desses insectos.

O processo de sensibilização a um determinado alergénio não ocorre em todos os individuos. Alguns individuos vão sensibilizando progressivamente, à medida que têm vàrios contactos com o alergénio. Outros, porém, nunca desenvolvem mecanismos de hipersensibilidade para esse alergénio. A razão para estas diferenças ainda não é completamente compreendida.
Na tentativa de encontrar os alergénios responsáveis pelas reacções alérgicas que alguns individuos desenvolvem, procede-se a testes clinicos. Uma série de possiveis alergénios são inoculados na região subcutânea. Se o individuo for hipersensivel, desenvolve-se uma inflamação nessa zona, visivel através do inchaço/induração e da ruborização.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Desequilibrios e Doenças do Sistema Imunitário (parte I)

As respostas imunitárias visam a protecção do organismo. Contudo, por vezes, o delicado equilibrio que envolve os mecanismos de regulação do funcionamento do sistema imunitário é rompido, surgindo doenças imunitárias.
Essas doenças podem traduzir-se por reacções demasiado violentas, resultantes de uma hipersensibilidade do sistema imunitário ou por respostas insuficientes, genericamente designadas imunodeficiências.


Alergias


As alergias representam um estado de hipersensibilidade mediado por mecanismos imunológicos. São uma resposta anormal de defesa do organismo diante da presença de agentes estranhos (alérgenos) que normalmente não afectam a maioria das pessoas.
Estas reacções são provocadas pelos mastócitos (fig.1), células que contêm grânulos de heparina (acção anticoagulante) e histamina (provoca reacções alérgicas). Os indivíduos com predisposição hereditária acabam por produzir anticorpos em maior quantidade de uma classe especial, chamada Imunoglobulina E (IgE), que se fixam às membranas dos mastócitos. Caso entrem em contacto com os seus antigénios (alérgenos) específicos, promovem a libertação do conteúdo celular para o meio extracelular, desencadeando processos alérgicos. Os pacientes alérgicos apresentam uma elevada concentração de IgE e de eosinófilos.


Fig.1 - Mastócitos (a roxo) libertam histaminas quando em contacto com os alérgenos (bolas amarelas)
Os órgãos mais comummente afectados são a pele, os olhos, os ouvidos e os tractos respiratório e gastrointestinal.


Principais Alérgenos:

Ácaros do pó da casa (fig.2)
Pólen (fig.3)
Alguns alimentos
Picadas de insectos


Fig.2 - Ácaro

Ácaros
Estes aracnídeos são muito pequenos e vivem no pó da casa. Num grama de pó, podem viver 20 000 ácaros. O seu habitat ideal é quente e húmido o que torna a cama um lugar privilegiado para a existência destes animais.

Principais Sintomas:
Espirros frequentes
Obstrução das vias respiratórias
Ataques de asma
Reacções cutâneas

Principais Factores:
-Genéticos
-Ambientais

O que se pode fazer?
Arejar a casa diariamente.
Evitar alcatifas, carpetes e ter cuidado até com os cortinados.
Lavar a roupa da cama com água muito quente.
Evitar ter peluches nos quartos.
Usar aspirador em vez da vassoura.
Comprar um produto anti-ácaros.


Noticias:
Nanopartícula combate alergia respiratória


Da redação09/11/2004
A empresa japonesa Lion Corp., fabricante de medicamentos e produtos de higiene, anunciou o desenvolvimento de uma nanopartícula, medindo cerca de 10 nanômetros de diâmetro, capaz de aliviar os sintomas das reações alérgicas ao pólen.
O produto, batizado de HitecSilica, é recoberto com um filme inorgânico à base de óxido de silício, ou sílica. Quando a sílica atinge a superfície do grão de pólen, o óxido quebra a estrutura da superfície da partícula de pólen. Segundo a empresa, suas pesquisas mostraram que a quebra de sua superfície evita que o pólen libere os alergenos que causam os espirros.
A empresa também desenvolveu um spray para roupas, utilizando sua nova tecnologia. A HitecSilica está em fase de aprovação pelas autoridades médicas do Japão. A empresa não anunciou que o produto deverá chegar ao mercado.

Noticias:
Biotecnologia ajuda a reduzir alergias alimentares

O biólogo Victor Augustus Marin, pesquisador do setor de Biologia Molecular da Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz, estuda as possibilidades de utilizar a Biotecnologia para retirar dos alimentos os compostos causadores de alergias. "No mundo, cerca de 2% da população adulta é alérgica a algum tipo de alimento e, nas crianças, esse percentual chega a 8%", afirma Marin. "E a Biotecnologia moderna poderá oferecer a oportunidade de diminuir, ou mesmo de eliminar, os compostos que provocam essas alergias", completa. Veja a seguir a entrevista com o pesquisador Marin em que ele explica, entre outros temas, como a Engenharia Genética pode ajudar a reduzir a alergia causada por alimentos como a soja e o trigo.
· Terra: Quais são os alimentos que mais causam alergia?
· Marin: Leite, ovos, amendoim, castanhas, peixe, crustáceos, soja, trigo, entre outros. Entretanto, essa lista foi elaborada pelo Codex Alimentarius em 1999, sendo que as alergias alimentares podem ser causadas por uma ampla variedade de alimentos, em torno de 160.
· Terra: Como a Biotecnologia pode contribuir para a redução das alergias alimentares?
· Marin: A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que a Biotecnologia moderna poderá oferecer a oportunidade de diminuir, ou mesmo de eliminar, os compostos que provocam alergias. Existem várias pesquisas que visam a eliminação da alergia causada pela ingestão do trigo, do leite, do amendoim e da soja.
· Terra: Como a OMS apóia a utilização da Engenharia Genética para eliminar os compostos que provocam alergias?
· Marin: Para os países em desenvolvimento, os produtos com benefícios na produção ou na saúde da população são sempre bem-vindos. De acordo com a OMS são necessários estudos com uma avaliação holística (quais são os benefícios à saúde, à nutrição, à segurança etc.). A OMS está desenvolvendo guias e princípios para a avaliação da segurança alimentar, reforçando os já existentes, e trabalhando para um maior fortalecimento entre os órgãos intergovernamentais. A entidade acredita também que são necessários mecanismos efetivos, tanto nacional como internacionalmente, para uma melhor análise do risco (a qual é composta pela avaliação do risco, manejo do risco e comunicação do risco), envolvendo consumidores e outras partes interessadas.
· Terra: Como se retiram dos alimentos os compostos causadores de alergias?
· Marin: Vamos dar como exemplo a soja. Em vários estudos, tem sido verificado que mais de 65% dos pacientes sensíveis à soja reagem somente a uma determinada proteína (Gly m Bd 30 K, também referida como P34). Em razão disso, pesquisadores do Donald Danforth Plant Science Center, da University of Arkansas for Medical Sciences, da Pioneer Hi-Bred International e da Du Pont Experimental Station obtiveram uma soja transgênica, inserindo o gene antisense da P34, ficando o mesmo silenciado na planta de soja, ou seja, não produzindo a proteína que causa alergia. Mas por enquanto, essa soja transgênica não é comercializada.
· Terra: Existem alimentos transgênicos que causam alergia?
· Marin: Os experimentos científicos mostram que os riscos que as plantas transgênicas podem ter em causar alergia ou qualquer outro problema a nós consumidores é o mesmo que as demais plantas obtidas através de outros métodos. No entanto, não significa que se devam liberar as plantas transgênicas no mercado sem a avaliação da segurança alimentar. Muito pelo contrário. Deve-se avaliar não só as plantas transgênicas, mas também as obtidas pela agricultura convencional e agricultura orgânica. Realmente, ocorreu um problema com uma soja transgênica da empresa Pionner, onde foi introduzido um gene que causava alergia em certas pessoas, porém, esse gene, oriundo da castanha-do-Brasil (antiga castanha-do-Pará), causa alergia se uma pessoa ingerir a soja transgênica ou a castanha-do-Brasil, ou seja, o erro foi querer utilizar um gene que codificava para uma proteína que era naturalmente alergênica. Hoje, para não acontecer isso e as empresas não perderem milhões de dólares em investimentos ou terem que fazer recalls, faz-se a análise das seqüências de aminoácidos e verifica-se a não-alergenicidade da proteína. Caso contrário, a utilização desse gene já é descartada no início da pesquisa.
· Terra: Os alimentos GM que não provocam alergias já são comercializados?
· Marin: Existem várias pesquisas, mas, que eu saiba, nenhum produto é comercializado.
· Terra: Quais outros problemas de saúde a Biotecnologia pode reduzir?
· Marin: A aplicação da moderna Biotecnologia pode apresentar novas oportunidades para a saúde humana. Os benefícios incluem alimentos com o conteúdo nutricional alterado (como o arroz com maior quantidade de vitamina A), a produção de plantas-vacina (como a alface que combate o vírus da hepatite B), a produção de biofarmacêuticos em plantas transgênicas (como a produção de uma proteína humana em milho para, depois de isolada, ser utilizada em cirurgias de transplante) e a diminuição do potencial alergênico das plantas.

Redação Terra

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Importante...

É de extrema importância ter em consideração a seguinte nota:

"O sistema Imunitário funciona de uma forma integrada, verificando-se a cooperação entre os diferentes tipos de células que a ele pertencem.
A imunidade humoral e celular não são mecanismos isolados, verificando-se uma série de interacções a diversos níveis..."

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Imunização artificial

A imunidade pode ser desenvolvida naturalmente, como vem sido referido ao longo do trabalho, ou então pode ser induzida. Existem assim dois tipos de imunização, a imunização activa e a imunização passiva.

Imunização activa:
Da imunização activa faz parte a vacinação. As vacinas surgiram em meados do século XVIII. Nessa altura existia uma forte ocorrência de varíola, que provocava várias mortes. Lady Mary Montagu, mulher de um embaixador inglês em Istambul, verificou que quando se introduzia liquido retirado de uma crosta de uma pessoa com varíola, o indivíduo já não contraía a varíola. Este método, surgido na China, era designado por variolação e foi importado para a Europa Ocidental e para os EUA. Foi então que Edward Jenner se debruçou esta doença, tendo dado os primeiros passos na descoberta da vacinação.

Jenner verificou que os camponeses que lidavam com vacas com varíola (cowpox – varíola das vacas), e que desenvolviam umas pústulas semelhantes às dos animais não contraíam a varíola. Assim o vírus causador de cowpox passou a ser utilizado em vez do vírus da varíola na técnica de variolação, uma vez que provocava um indica de morte muito inferior em relação ao outro vírus. Isto acontecia porque o cowpox tinha uma infecciosidade menor e porque a sua introdução no corpo humano através da pele em vez de ser inalado, permitia que o sistema imunitário tivesse mais tempo para desenvolver defesas eficazes que impedissem a multiplicação do vírus. Tanto Jenner como outros médicos europeus inocularam vários doentes. Nas primeiras inoculações eram utilizadas fragmentos de pústulas de cowpox e faziam-se directamente através da pele. Só mais tarde, durante o século XIX é que o processo dimensões maiores, fazendo-se a cultura de vírus (designada por vaccinia) na pele de bezerros, que eram depois utilizadas para inoculações. Esta técnica conhecida por vacinação iniciou-se em 1800 na América. Sabe-se que em 1805 Napoleão Bonaparte obrigou os seus soldados a vacinarem-se. Apesar da grande descoberta da vacina contra a varíola, só 170 anos mais tarde é que o vírus foi erradicado.
Para além de Jenner houve outros investigadores que também tiveram um importante papel na vacinação, como Louis Pasteur.

Foi Pasteur, que nos finais de 1870 estabeleceu a relação entre os microorganismos patogénicos e as doenças causadas pelos mesmos, e fez também experiências com culturas de bactérias. Em homenagem a Jenner, Pasteur deu o nome de vacina a qualquer preparação que contivesse um agente patogénico atenuado que fosse mais tarde usado para a imunização contra uma doença infecciosa. Em 1885, Pasteur desenvolveu uma vacina e tratamento para a raiva.
A descoberta da vacinação permitiu controlar várias doenças, sobretudo nos países industrializados, o que se verificou ao longo dos tempos, nomeadamente durante a 2ª Guerra Mundial, em que a mortalidade causada por várias doenças foi reduzida. No entanto, só após a 2ª Guerra Mundial é que se verificou a origem de novas vacinas, como a vacina para o sarampo e a rubéola. Para que as vacinas pudessem chegar a um maior número de pessoas foram criados a nível mundial programas de vacinação gratuitos.
Assim, as vacinas são substâncias que se encontram normalmente sob a forma de solução, e contêm agentes patogénicos mortos ou atenuados, que estimulam o sistema imunitário, sem no entanto se desenvolverem. Devido à sua constituição há a probabilidade, embora reduzida, de se desenvolver uma doença no indivíduo. As vacinas podem ser administradas por via oral, aplicação cutânea ou por injecção subcutânea ou intramuscular, e podem ser usadas em seringas com agulhas hipodérmicas ou em pistolas de contacto.
Após a administração da vacina verifica-se a ocorrência de uma resposta imunitária primária, havendo assim produção de células memória, que levam a uma melhor resposta caso o organismo seja de novo invadido pelo mesmo agente patogénico.
As vacinas podem provocar uma imunidade de duração prolongada, durando mesmo toda a vida, como por exemplo a vacina do sarampo, enquanto que outras necessitam ser administradas de forma periódica para reforçar a imunização, como por exemplo a vacina antitetânica. Este reforço da imunização deve-se ao desaparecimento das células memória ou a mutações do agente patogénico. Um exemplo de um agente patogénico que sofre uma elevada taxa de mutação é o vírus da gripe.
Existem três grandes tipos de vacinas, as vacinas inactivas ou inertes, as vacinas “vivas” atenuadas e as vacinas produzidas por recombinação genética:
Vacinas inactivas ou inertes, podem ser inteiras ou contendo fracções do agente infeccioso. Nas inteiras o agente bacteriano encontra-se inactivo, não podendo por isso multiplicar-se, no entanto, mantém as suas componentes e consegue estimular o sistema imunitário. Um exemplo destas vacinas é a VIP (poliomielite). As vacinas que contêm fracções do agente infeccioso podem possuir fragmentos virais fraccionados, toxinas naturais inactivas, antigénios provenientes das cápsulas de bactérias ou de vírus ou antigénios provenientes das membranas de bactérias. Um exemplo é a DTPa (difteria, tétano, pertussis acelular). As vacinas inertes são bastante seguras, contudo para estimularem uma resposta imunitária adequada têm de ser tomadas 3 a 5 doses da mesma, e mais tarde necessita de ser reforçada.

Vacinas vivas” atenuadas, contêm agentes patogénicos enfraquecidos, que quando são introduzidos num indivíduo multiplica-se sem causar doença, mas estimulando o sistema imunológico. Estas vacinas são bastante eficazes e só necessitam de ser administradas uma vez, à excepção das vacinas administradas oralmente. Alguns exemplos destas vacinas são a VAP (poliomielite), VAS, VAR, VASPR (sarampo, papeira, rubéola) e BCG (tuberculose). O seu uso é vantajoso uma vez que são fáceis de produzir e estão próximas do agente natural, mas há sempre a probabilidade, ainda que reduzida, do agente patogénico originar uma infecção perigosa.

Vacinas produzidas por recombinação genética, são produzidas a partir de técnicas da biologia molecular e da engenharia genética. Estas vacinas ainda estão um pouco em fase de experimentação, pois ainda não há certezas quanto à tolerância e se a resposta imunitária induzida é tão eficaz como no caso das vacinas isoladas. As vacinas produzidas por esta técnica intitulam-se por combinadas ou polivalentes e são designadas de acordo com o número de factores que possuem. Alguns exemplos destas vacinas são a DTP trivalente, DTP-Hib tetravalente e a DTP-Hib-VIP pentavalente.

Em Portugal as vacinas começaram a ser utilizadas a partir do século XIX e a primeira vacina a ser administrada foi a vacina anti-variólica, que chegou a Portugal dentro de um pequeno frasco e foi utilizada por D. Pedro, futuro imperador do Brasil, e pelo seu irmão. Só a partir de 1965 é que se desenvolveu um Programa Nacional de Vacinação (PVN), que contribuiu largamente para o controlo de vacinação e para uma maior prevenção de doenças, por parte de toda a população. Uma vez que este sistema é universal e gratuito, desde que foi posto em prática já foram vacinadas mais de sete milhões de crianças e vários milhões de adultos. Assim, foi possível eliminar e controlar muitas doenças evitando que estas atingissem a população ou que provocassem mortes.

Siglas utilizadas para a designação das vacinas:
Hib – vacina contra doenças invasivas por Haemophilus influenzae do serotipo b (ou Haemophilus influenzae b);
VHB – vacina contra a Hepatite B;
MenC – vacina contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis do serogrupo C (ou meningococo C);
VIP (vírus inactivos) e VAP (vírus atenuados) – vacina contra a polimielite;
BCG – vacina contra a tuberculose;
DTPa (pertussis acelular) e DTPw (pertussis de célula completa) – vacina contra a difteria, tétano e tosse convulsa (pertussis);
DTPaHib (pertussis acelular) e DTPwHib (pertussis de célula completa) – vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa e doença evasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b;
DTPaVIP – vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa e poliomielite;
DTPaHibVIP – vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa, doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b e poliomielite;
VASPR – vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola;
Td (difteria em dose de adulto) e DT (difteria em dose de criança) – vacina contra o tétano e difteria;
VAS – vacina contra o sarampo;
VAR – vacina contra a rubéola;
T – vacina contra o tétano.

Para além das vacinas que fazem parte do plano nacional de vacinação há também outras vacinas que podem ser tomadas e que são recomendadas a alguns factores, como a vacina da gripe, as vacinas Menjugate, Meningitec e Neisyac, a vacina Prevenar e a vacina contra a febre amarela.
A vacina da gripe é recomendada a pessoas com idade superior a 65 anos, a doentes crónicos do coração, rins ou fígado, a pessoas diabéticas ou que possuam outras doenças que causem resistência a infecções. Esta vacina é comparticipada e normalmente é administrada no início do Outono.
As vacinas Menjugate, Meningitec e Neisyac são utilizadas com o intuito de prevenir infecções causadas pelo Meningococo C, especialmente da Meningite meningocócica. Estas vacinas são administradas aos 2, 4 e 6 meses e após os 12 meses apenas deve ser aplicada uma dose única.
A vacina Prevenar previne contra doenças invasivas como a bacteriémica, septicemia e a pneuminia bacteriémica. Esta vacina deve ser administrada aos 3, 5 e 7 meses de idade e após os 12 meses, duas doses com um intervalo de dois meses.
A vacina contra a febre-amarela deve ser administrada caso um indivíduo se deslocar para a África Central ou América do Sul e deve ser tomada pelo menos 10 dias antes de partir.
Apesar de possuírem muitas vantagens e de serem muito eficazes, as vacinas podem também ter alguns efeitos secundários como o inchaço, febre, dor e vermelhidão no local da injecção e mal-estar geral. Normalmente, estes efeitos duram apenas alguns dias.
Como já foi referido há vacinas que necessitam de ser reforçadas, contudo há que ter em atenção os intervalos de tempo que tem que decorrer para que se possa tomar um reforço de uma vacina já administrada ou para se tomar uma vacina nova:
Intervalos entre doses da mesma vacina – analisando o plano nacional de vacinação verifica-se que há várias vacinas que são administradas mais uma vez, este reforço da vacina é necessário para que o sistema imunitário desenvolva uma resposta eficaz. Quando o intervalo de tempo decorrido entre a administração da vacina primária e o reforço é superior ao que se encontra no PNV, não se verifica a redução do número de anticorpos, no entanto a interrupção do cumprimento do calendário vacinal requer que este seja cumprido depois, independentemente do tempo decorrido desde a última dose administrada. Quando o intervalo de tempo decorrido entre a administração das vacinas é inferior ao proposto no calendário vacinal, o que pode ocorrer devido a motivos epidemiológicos ou para se tomar uma vacina que não faz parte do PNV então, tem que se respeitar o intervalo mínimo entre as doses e a idade mínima de administração da vacina primária, o que se pode ver no quadro abaixo. No entanto, quando esta situação ocorre, pode provocar um enfraquecimento da resposta imunitária desenvolvida, por isso não se devem administrar vacinas entre intervalos de tempo muito curtos, para além disso pode também aumentar os efeitos secundários da vacina.

Intervalos entre a administração de vacinas de antigénios diferentes – as vacinas que contêm antigénios inactivos, não interferem com a resposta imunitária induzida por outras vacinas, por isso, podem ser administradas simultaneamente, antes ou depois de uma vacina que seja diferente, quer contenha antigénios vivos ou atenuados. No caso da administração de uma vacina diferente mas com antigénios vivos, é necessário ocorra um intervalo de pelo menos 4 semanas entre a esta e uma vacina viva administrada antes, isto porque pode ser comprometida e a eficácia das respostas imunitárias induzidas quer por uma quer por outra. Assim, duas vacinas com antigénios vivos diferentes devem ser administradas ou simultaneamente ou com um intervalo de no mínimo 4 semanas entre elas.

Intervalos entre a administração de vacinas e a prova tuberculínica – este é outro intervalo a ter em conta, uma vez que certas vacinas com antigénios vivos como a VAS e a VASPR podem interferir com a resposta à prova tuberculínica. Deve ocorrer um intervalo de pelo menos 4 semanas entre a administração entre estas vacinas e a realização da prova tuberculínica.

Apesar de serem muito eficazes e de evitarem muitas mortes, as vacinas podem originar alguns efeitos secundários normalmente passageiros, como dor, vermelhidão no local da injecção, edema, febre e mal-estar.
É necessário também antes de se administrar uma vacina ter em atenção às doenças, sintomas ou alergias que o doente possa ter, pois existem vacinas que não podem ser administradas se o doente possuir determinadas doenças ou alergias.


Imunização passiva:
Por outro lado, a imunização passiva é constituída pela administração de anticorpos, que são retirados do plasma de indivíduos que já estiveram em contacto com um determinado antigénio, ou mesmo de animais que também já estiveram em contacto com ele. Este tipo de solução e que contêm anticorpos são designados por soros ou soros imunes. Os soros são administrados quando um indivíduo é invadido por um antigénio com uma rápida acção destrutiva sobre o organismo, e o organismo não consegue reagir de uma forma tão rápida. Estes soros têm uma acção temporária, uma vez que não são produzidos pelo indivíduo, e a degradação dos anticorpos ocorre em algumas semanas, e após a diminuição dos níveis do soro termina a imunidade. Para além disso a administração destes tem que ser controlada, pois só pode ser utilizado num número limitado de infecções, uma vez que esta técnica pode ter alguns riscos, como a introdução de certas substâncias, como proteínas do citoplasma do indivíduo dador.
Existem diversos tipos de soros que podem ser heterólogos, homólogos ou homólogos específicos:
Soros heterólogos – têm origem animal e podem ser anti-diftérico (SAD), anti-botrópico, anti-crotálico, anti-elapídico, anti-aracnídeo, anti-escorpiónico, anti-tetânico (SAT), anti-rábico (SAR) e anti-toxina botulínica. Estes contêm anticorpos específicos que são obtidos do citoplasma de animais, normalmente de cavalos, e possui níveis elevados do anticorpo pretendido. No entanto, a utilização deste tipo de soros causar reacções alérgicas nos seres humanos.

Soros homólogos ou Imunoglobulina padrão – tem origem humana e é constituído por uma combinação de várias imunoglobulinas de diferentes dadores, o que constitui uma vantagem, uma vez que contém vários anticorpos específicos para diferentes antigénios. No entanto é condicionada pelo predomínio local de infecções e imunizações, ou seja, os dadores que provêm de regiões onde não há vacinação contra um determinado antigénio ou onde não haja exposição a determinada doença, com certeza terá níveis de anticorpos baixos contra essa doença.

Soros homólogos específicos ou Imunoglobulina hiperimune – tem origem humana e é utilizada contra a varicela, hepatite B, tétano, hepatite A e raiva. É formado por elevados anticorpos provenientes de indivíduos que apresentavam elevados níveis do anticorpo desejado no seu plasma, o que era conseguido através de estimulação imunológica ou mesmo por aquisição natural. O uso deste tipo de soros é bastante vantajoso uma vez que para além de conter um número elevado de anticorpos, apresenta também uma probabilidade mais baixa da ocorrência de reacções alérgicas. É também recomendado o uso de soros homólogos específicos porque há uma menor probabilidade de causar anafilaxia e doença do soro, que normalmente ocorrem devido à presença da proteína equina. Uma desvantagem deste soro é que não pode ser usado quando um indivíduo é mordido por animais venenosos ou no caso de difteria, sendo necessário usar o soro heterólogo.